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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A dieta mais que perfeita

A dieta perfeita


Dietas restritivas são tentadoras e prometem perder peso em pouco tempo. Mas uma dieta saudável deve atender às suas características e necessidades. Faça o teste e descubra qual é a ideal para você.

Uma dieta rápida, segura e eficaz, daquelas que prometem ótimos resultados em pouco tempo e com o mínimo de esforço. Esse é o sonho de 114 milhões de brasileiros (o equivalente a 60% da população), que sofrem de excesso de peso e obesidade, segundo dados do Ministério da Saúde. Bem, as dietas radicais, como as restritivas, por exemplo, são assim. Como o próprio nome diz, elas restringem do cardápio um dos grupos de macronutrientes: carboidratos, proteínas ou gorduras. 

Por tabela, restringem, também, algumas das vitaminas e sais minerais neles existentes. “Nosso corpo precisa dos nutrientes dos alimentos existentes na natureza para desempenhar suas funções. Suprimir um ou mais nutrientes pode causar sérias deficiências nutricionais”, alerta a nutricionista Larissa Cohen, do Espaço Stella Torreão (RJ). A curtíssimo prazo, algumas dietas podem até dar certo.

O que não significa que elas sejam seguras e eficazes. Longe disso. “Dietas restritivas demais não surtem efeito porque não modificam hábitos”, resume o endocrinologista Márcio Mancini, do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Por serem radicais, os adeptos de algumas dietas estão sujeitos a abandoná-las antes do prazo esperado. “Não existe radicalismo que funcione. 

Ao restringir 100% de um grupo de nutrientes, você provoca uma monotonia alimentar que pode encorajá- -lo a abandonar a dieta”, pondera a endocrinologista Cláudia Cozer, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). Em busca da dieta mais que perfeita e de longa duração, a VivaSaúde convidou os maiores especialistas em Nutrição para analisarem dietas como a da proteína, do tipo sanguíneo, do vegetarianismo e a dieta sem gordura. De quebra, ainda pediu a eles que dessem dicas infalíveis para quem deseja perder peso, sem perder a saúde.

Dieta da proteína

Como ela funciona? O que é essa dieta?
Até pouco tempo atrás, a dieta da proteína era mais conhecida pelo sobrenome de seu criador, o cardiologista americano Robert Atkins. Ela restringe o consumo de carboidratos, como pães, massas e doces, e privilegia o de proteínas, como carnes, ovos e queijos. Legumes e frutas são proibidos e apenas alguns tipos de verdura estão liberados. “Em tese, a dieta da proteína pode ser feita a longo prazo. Mas, na prática, raríssimos casos conseguem mantê-la por ser muito monótona”, afirma Márcio Mancini, da SBEM.

Ao restringir o consumo de carboidratos, o organismo passa a usar gordura para produzir energia. Segundo Atkins, esse fenômeno, chamado cetose, é o que leva à perda de peso. Além disso, alimentos proteicos tendem a prolongar a sensação de saciedade porque têm uma digestão mais lenta. De quebra, ainda são capazes de suprimir o efeito da grelina, o famoso “hormônio da fome”. “O emagrecimento ocorre por redução do número de calorias ingeridas, mas a recuperação do peso, quando os carboidratos retornam à dieta, é a regra quase invariável”, avisa Mancini.

Por que evitá-la?
A dieta da proteína sempre foi criticada por seu alto teor gorduroso (que pode causar problemas cardiovasculares) e por banir os carboidratos da alimentação (que interfere na prática regular de atividade física). Para piorar a situação, é pobre em fibras, vitaminas e sais minerais. “A restrição de carboidratos de forma significativa favorece a alta taxa de abandono. Além disso, é considerada uma dieta nutricionalmente inadequada”, decreta Durval Ribas Filho, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). A falta de carboidratos pode causar sonolência, fraqueza e dor de cabeça.
Para suprir a falta da proteína, vegetarianos consomem mais carboidratos, o que pode causar diabete e obesidade.
 
Dieta vegetariana 
O que é essa dieta? 
Há vários tipos de vegetarianismo: desde a dieta ovolactovegetariana (consome ovos e laticínios), até a vegana (proíbe a ingestão de carne branca, mel e gelatina) Em todas elas, o consumo de carne vermelha é proibido. “Quanto mais restritiva uma dieta, mais difícil será alcançar as recomendações nutricionais necessárias. Quando se restringe um dos elementos da natureza, terá um menor ou maior agravo à saúde”, alerta o nutrólogo Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Como ela funciona? 
Por ser uma dieta pouco calórica, os vegetarianos tendem a ser magros e saudáveis e a desenvolver, menos doenças crônicas, como obesidade, hipertensão e diabetes. Ao privilegiar o consumo de alimentos integrais, frutas e verduras, consomem uma alimentação com baixa quantidade de gordura saturada e colesterol, e alta quantidade de substâncias antioxidantes como as vitaminas A, C, E e K.

Por que evitá-la? 
Segundo a nutricionista Adriane Saliba Orro, da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), “o consumo restrito de proteínas sem adotação de uma dieta equilibrada pode trazer prejuízos , como deficiência de vitaminas do complexo B, alguns minerais (ferro, cobre, manganês e zinco)”. Para suprir a falta da proteína, vegetarianos consomem mais carboidratos, o que pode causar diabete e obesidade. “Sem reeducação alimentar, o peso é recuperado facilmente”, avisa Adriane.

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